Olá, aqui é a Carol
mas não são as minhas palavras sobre Birdman que vocês irão ler hoje. Hoje a
postagem vai ser de parceria. Convidei minha amiga Brendha do blog Palavras
Alienadas para falar do filme, visto que conheço e confio muito na opinião
dela e também para vocês a conhecerem. Então, espero que gostem. E não deixem
de conferir o blog dela, recomendo! Até mais.
Olá, pessoas! Eu sou a Brendha, do blog Palavras Alienadas, e vim até
aqui hoje (obrigada pelo convite, Carol!) com uma missão muito importante
(momento 007): dividir com vocês as minhas impressões e opiniões sobre um dos
filmes que estão concorrendo ao Oscar 2015 - Birdman. Ele é, sem dúvidas, a minha aposta para a categoria de Melhor Filme
e falar sobre ele vai ser, ao mesmo tempo, divertido, mas muito difícil, porque
parece que quando mais a gente gosta de uma obra, mais complicado fica de
explicar o fundamento disso. Então, sem mais delongas, vou começar a falar sobre Birdman (ou A Inesperada Virtude da Ignorância).
A premissa inicial do filme trata-se da história de Riggan Thomsom,
que poderia muito bem ser a história do próprio Michael Keaton (visto que ele e
seu personagem viveram dramas parecidíssimos), um ator que na década de 80 deu
vida a um super-herói que se tornou ícone cultural (Birdman, no caso do Riggan;
Batman, no caso do Keaton), e agora, anos depois, se vê longe dos holofotes,
sem nenhum outro papel memorável em seu currículo, correndo atrás do
reconhecimento como ator e buscando seu lugar no mundo. Nessa busca incessável
pelo próprio espaço, Riggan decide dirigir, roteirizar e estrelar a adaptação
de um texto consagrado para a Broadway, "O Que Falamos Quando Falamos
Sobre Amor". E é a partir disso que a trama começa a se desenvolver.
Já no início do filme um ator
que estaria na peça acaba sofrendo um acidente e para substituí-lo eles acabam
contratanto Mike Shine (Edward Norton) que é super famoso e surge, aos olhos de
Riggan, como uma garantia de sucesso. Aos poucos é possível perceber o
contraste gritante entre Riggan e Mike e isso é um ponto interessantíssimo da
obra. Enquanto o primeiro parece preocupado em deixar todas as pontas bem
amarradas para que seu retorno seja bem visto (pela crítica, pelo público...),
Mike só faz refestelar sobre a desgraça alheia, tomando umas posições de
"artista" bem típicas daqueles que estão no auge de sucesso - e há
boatos que Ed Norton também é assim “difícil de lidar” na vida real.
O filme se passa quase todo
dentro do ambiente do teatro, nos apresentando os bastidores e os dramas
vividos pelos atores e funcionários envolvidos com a peça. A forma como as
cenas foram filmadas (com a técnica de plano-sequência) dá a impressão de que a
câmera acompanha todos os movimentos dos atores e o ponto de vista individual
dos mais relevantes, nos fazendo embarcar nessa viagem extraordinária por trás
das cortinas de um espetáculo. A narrativa frenética na maior parte do tempo,
com alguns momentos de calmaria, nos reflete claramente as angústias e
pensamentos de Riggan, compondo sinesteticamente a interpretação e absorção dos
detalhes passionais da trama. Somos envolvidos por uma trilha sonora que é
estranhamente boa e combina com todo o enredo e composição visual do filme.
Além de Michael Keaton e Edward Norton, o longa conta com a
participação de outros atores igualmente incríveis como: Emma Stone, Zach
Galifianakis, Amy Ryan, Lindsay Duncan, dentre outros. Keaton está concorrendo
ao Oscar de Melhor Ator, Ed Norton concorre ao Oscar de Melhor Ator
Coadjuvante, Emma Stone está no páreo de Melhor Atriz Coadjuvante e a obra pode
levar algumas estatuetas mais “artísticas” pra casa, pois está concorrendo a
Melhor Filme, Diretor, Fotografia, Edição de Som, Mixagem de Som e Roteiro
Original, recebendo, junto com O Grande Hotel Budapeste, o maior número de
indicações.
Bom, pessoal, por hoje é só. Espero que vocês tenham gostado da forma
como eu falei sobre o filme e espero seus comentários sobre ele. Até a próxima!
E ah, esse
infelizmente vai ser o último Especial Oscar antes da premiação. Sei que
faltaram alguns filmes, mas aconteceram alguns problemas de tempo que fizeram
com que eu não conseguisse assistir à todos, peço desculpas e prometo que no
próximo vou me programar melhor! Ah, não deixem de conferir a crítica da
Brendha sobre "Boyhood" no blog dela, eu já assisti ao filme, mas não
tive tempo para escrever sobre ele, porém, concordo com boa parte do que ela
escreveu.
E não percam a
premiação essa noite, afinal, Oscar é Oscar e um Oscar apresentado por Neil
Patrick Harris promete ser nada menos que LEGEN-wait for it-DARY! LEGENDARY!
Então, suit up e assistam!
Até a próxima,
Carol Souza.
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"O fruto de cada palavra retorna a quem a pronunciou" (Abu Shakur).