quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Especial Oscar - The Grand Budapest Hotel

            Em contagem regressiva para o Oscar, o especial de hoje é sobre O Grande Hotel Budapeste. Já fazem alguns dias que assisti a esse filme e logo quando terminei lembro de ter comentado com uma amiga, que conhece e adora o trabalho de Wes Anderson, que havia adorado o filme. Mas depois, pensando um pouco eu já não tinha tanta certeza e não tenho até agora, e é por isso que ainda não escrevi sobre ele - quem sabe, quando chegar ao fim desta resenha eu entenda melhor meus sentimentos em relação ao Grand Budapest. Conversando com outras pessoas que também assistiram ao filme e lendo comentários sobre, percebi que o público em geral se sente dividido entre amor e ódio pelo longa. Tentarei expressar da melhor forma possível o que senti em relação a este, que é um dos filmes com mais indicações ao Oscar deste ano (indicado em oito categorias, além da de Melhor Filme). Então, vamos lá! 


"No período entre as duas guerras mundiais, o famoso gerente de um hotel europeu conhece um jovem empregado e os dois tornam-se melhores amigos. Entre as aventuras vividas pelos dois, constam o roubo de um famoso quadro do Renascimento, a batalha pela grande fortura de uma família e as transformações históricas durante a primeira metade do século XX."



            O filme foi lançado nos cinemas brasileiros no dia 03 de Julho de 2014, lembro de tê-lo visto em cartaz e ter me interessado, mas somente agora o assisti. Não sou grande conhecedora dos filmes de Wes Anderson, mas este me despertou interesse em querer saber mais sobre o trabalho do diretor, que também escreveu o roteiro do Grand Budapest e fez um ótimo trabalho, afinal, duas outras categorias nas quais o filme está concorrendo são a de Melhor Diretor e Melhor Roteiro Original. O roteiro inclusive, foi inspirado em obras do escritor austríaco Stefan Zweig, falecido na década de 40, cujo trabalho Anderson admira muito.
            Os figurinos, maquiagem e principalmente os cenários do filme são um espetáculo à parte (meu lado estudante de arquitetura urrou o filme inteiro). O recurso do quadro de imagem com um ponto de fuga sempre presente e o evidente cuidado com os cenários, tudo pensado nos mínimos detalhes, mínimos mesmo, dão um toque especial à produção. É como se a definição visual de perfeição estivesse ali presente. E é claro que todo esse trabalho e esse cuidado foram recompensados com indicações também à Melhor Direção de Fotografia, Melhor Direção de Arte, Melhor Figurino, Melhor Maquiagem e Penteado e também nas categorias de Melhor Edição e Melhor Trilha Sonora. E é justamente toda essa perfeição visual que me deixou meio confusa quanto ao que sentir pelo filme, porque em certos momentos senti que a atração visual era muito maior que a atração do enredo.





            Porém, isso talvez seja uma falsa sensação causada pela grande quantidade de informação visual que temos na maioria dos cenários, afinal, se você conseguir centralizar sua atenção unicamente ao enredo, não há como negar que temos atuações incríveis, que moldaram personagens únicos e excêntricos que se encaixam perfeitamente no mundo criado por Anderson. E também não há como não se envolver e se divertir com a amizade de M. Gustave (Ralph Fiennes) e Zero (Tony Revolori).


            Ah, e para quem ainda não está convencido de que o elenco do filme é espetacular, temos nele ainda Bill Murray, Jude Law, Jeff Goldblum, Edward Norton, Owen Wilson, Harvey Keitel, Bob Balaban, Tom Wilkinson, Willem Dafoe, Saoirse Ronan e Ralph Fiennes, citando apenas os atores que já tiveram indicações ao Oscar antes. Acho que agora você está convencido, certo?

Colocando essa imagem do Edward Norton aqui apenas para embelezar a postagem
            Concluindo, no geral eu gostei sim, de O Grande Hotel Budapeste e acho que ele é um concorrente fortíssimo nas categorias de Melhor Diretor e também nas que envolvem seu trabalho artístico, entretanto, não o considero como favorito na categoria de Melhor Filme. E ah, amanhã tem mais um especial.

Até mais,
Carol Souza.

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"O fruto de cada palavra retorna a quem a pronunciou" (Abu Shakur).