Em
contagem regressiva para o Oscar, o especial de hoje é sobre O Grande Hotel
Budapeste. Já fazem alguns dias que assisti a esse filme e logo quando terminei
lembro de ter comentado com uma amiga, que conhece e adora o trabalho de Wes
Anderson, que havia adorado o filme. Mas depois, pensando um pouco eu já não
tinha tanta certeza e não tenho até agora, e é por isso que ainda não escrevi
sobre ele - quem sabe, quando chegar ao fim desta resenha eu entenda melhor meus
sentimentos em relação ao Grand Budapest. Conversando com outras pessoas que
também assistiram ao filme e lendo comentários sobre, percebi que o público em
geral se sente dividido entre amor e ódio pelo longa. Tentarei expressar da
melhor forma possível o que senti em relação a este, que é um dos filmes com
mais indicações ao Oscar deste ano (indicado em oito categorias, além da de
Melhor Filme). Então, vamos lá!
"No
período entre as duas guerras mundiais, o famoso gerente de um hotel europeu
conhece um jovem empregado e os dois tornam-se melhores amigos. Entre as
aventuras vividas pelos dois, constam o roubo de um famoso quadro do
Renascimento, a batalha pela grande fortura de uma família e as transformações
históricas durante a primeira metade do século XX."
O
filme foi lançado nos cinemas brasileiros no dia 03 de Julho de 2014, lembro de
tê-lo visto em cartaz e ter me interessado, mas somente agora o assisti. Não
sou grande conhecedora dos filmes de Wes Anderson, mas este me despertou
interesse em querer saber mais sobre o trabalho do diretor, que também escreveu
o roteiro do Grand Budapest e fez um ótimo trabalho, afinal, duas outras
categorias nas quais o filme está concorrendo são a de Melhor Diretor e Melhor
Roteiro Original. O roteiro inclusive, foi inspirado em obras do escritor
austríaco Stefan Zweig, falecido na década de 40, cujo trabalho Anderson admira
muito.
Os
figurinos, maquiagem e principalmente os cenários do filme são um espetáculo à
parte (meu lado estudante de arquitetura urrou o filme inteiro). O recurso do
quadro de imagem com um ponto de fuga sempre presente e o evidente cuidado com
os cenários, tudo pensado nos mínimos detalhes, mínimos mesmo, dão um toque
especial à produção. É como se a definição visual de perfeição estivesse ali
presente. E é claro que todo esse trabalho e esse cuidado foram recompensados
com indicações também à Melhor Direção de Fotografia, Melhor Direção de Arte,
Melhor Figurino, Melhor Maquiagem e Penteado e também nas categorias de Melhor
Edição e Melhor Trilha Sonora. E é justamente toda essa perfeição visual que me
deixou meio confusa quanto ao que sentir pelo filme, porque em certos momentos
senti que a atração visual era muito maior que a atração do enredo.
Porém,
isso talvez seja uma falsa sensação causada pela grande quantidade de
informação visual que temos na maioria dos cenários, afinal, se você conseguir
centralizar sua atenção unicamente ao enredo, não há como negar que temos
atuações incríveis, que moldaram personagens únicos e excêntricos que se
encaixam perfeitamente no mundo criado por Anderson. E também não há como não se
envolver e se divertir com a amizade de M. Gustave (Ralph Fiennes) e Zero (Tony
Revolori).
Ah,
e para quem ainda não está convencido de que o elenco do filme é espetacular,
temos nele ainda Bill Murray, Jude Law, Jeff Goldblum, Edward Norton, Owen
Wilson, Harvey Keitel, Bob Balaban, Tom Wilkinson, Willem Dafoe, Saoirse Ronan
e Ralph Fiennes, citando apenas os atores que já tiveram indicações ao Oscar
antes. Acho que agora você está convencido, certo?
Concluindo,
no geral eu gostei sim, de O Grande Hotel Budapeste e acho que ele é um
concorrente fortíssimo nas categorias de Melhor Diretor e também nas que
envolvem seu trabalho artístico, entretanto, não o considero como favorito na categoria
de Melhor Filme. E ah, amanhã tem mais um especial.
Até mais,
Até mais,
Carol Souza.
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"O fruto de cada palavra retorna a quem a pronunciou" (Abu Shakur).